sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Revolução no mercado de impressoras - Nelas, não há papel. Tudo é feito em plástico ou gesso.

A maior fabricante das impressoras 3D fica em Minneapolis no meio oeste norte-americano. O preço está cada vez menor. "Oito anos atrás nós tínhamos um preço de US$ 30 mil e era um produto revolucionário. Em fevereiro lançamos um produto pela metade do preço", conta Jon Cobb, Vice-presidente da Startays.
A impressão em 3D permite, de um jeito barato, ter um protótipo que o comprador pode olhar, andar em volta, e sentir o que gosta e o que não gosta", explica Melissa Thomas, engenheira da Autodesk.

A impressora funciona assim. São colocados dois cartuchos, um com o material de molde, um fio de um plástico especial chamado ABS, outro com o material de suporte.

O plástico sai do cartucho e entra pela máquina até 'chegar à cabeça' onde é aquecido a uma temperatura de 120ºC. A impressora tem duas cabeças que depositam o suporte e o molde em camadas muito finas: a espessura é de um décimo de um fio de cabelo, não dá para ver a olho nu.

Um vídeo mostra em segundos o que a máquina leva cinco horas para fabricar: neste caso uma ferramenta. As camadas aderem umas às outras sem necessidade de cola.

As partes móveis são feitas como parte do molde e liberadas quando o suporte é retirado. Depois de pronta a peça, sai ainda bem quente de dentro da impressora. "Nós pegamos isso, uma peça qualquer que foi impressa, e damos um banho com água e sabão. Depois de 30 minutos, o protótipo está pronto".

Todas as partes móveis são feitas ao mesmo tempo sem precisar de montagem, o que sai muito mais barato. A mesma coisa com o rolamento de esferas e uma corrente: os elos foram feitos todos ao mesmo tempo, sem solda nem cola, em plástico ultra resistente.

O inventor destas impressoras é o presidente da empresa, o engenheiro Scott Crumb. Quando ele criou essa tecnologia, há 20 anos não imaginava que elas um dia fossem chegar ao consumo de massas.

Segundo ele, vem aí às máquinas auto-replicantes, que fabricam cópias de si mesmas. "A máquina constrói a próxima máquina. Com a última que colocamos no mercado conseguimos fazer 32 partes da própria impressora. Portanto não é difícil prever que máquinas vão construir máquinas inteiras".

Personagens com roupas próprias, até tatuagens, a máquina de alta resolução permite reproduzir pequenos detalhes. Em breve, do mesmo jeito que hoje em dia a gente imprime com um clique um documento escrito no computador, vai ser possível fabricar com as impressoras em 3D, como num passe de mágica, qualquer objeto criado no mundo virtual. Desaparecerá a fronteira entre a realidade e a fantasia.


REFERÊNCIAS

http://g1.globo.com/jornaldaglobo/0,,MUL1241138-16021,00-A+REVOLUCAO+NO+MERCADO+DE+IMPRESSORAS.html